Tomar banho é um hábito diário para a maioria das pessoas, mas a temperatura da água escolhida pode impactar diretamente a saúde da pele e do corpo. Muitas pessoas preferem banhos quentes, especialmente em dias frios, sem perceber que essa escolha pode trazer consequências indesejadas. O tema da temperatura do banho ganhou destaque recentemente após especialistas alertarem sobre os riscos de banhos excessivamente quentes, como destacado por Sociedade Brasileira de Dermatologia.
O contato frequente com água muito quente pode afetar a barreira natural da pele, levando ao ressecamento e até mesmo a irritações. Além disso, há efeitos que vão além da superfície, atingindo o sistema circulatório e até mesmo o bem-estar geral. Entender como a temperatura do banho influencia o organismo é fundamental para adotar práticas mais saudáveis no dia a dia. Estudos publicados em 2023 pelo Instituto Nacional de Saúde dos EUA reforçam essa preocupação e orientam o uso moderado da água quente.
Quais são os riscos de tomar banho muito quente?
Banhos com água em temperatura elevada podem remover os óleos naturais que protegem a pele, deixando-a mais seca e propensa a coceiras. Esse ressecamento pode ser ainda mais intenso em pessoas com pele sensível ou condições dermatológicas, como dermatite. Além disso, a exposição frequente à água quente pode causar vermelhidão, sensação de ardência e até descamação.
Outro ponto importante é o impacto sobre os vasos sanguíneos. A água quente dilata os vasos logo abaixo da pele, o que pode resultar em vermelhidão e, em casos extremos, queda da pressão arterial. Algumas pessoas relatam tontura ou até desmaios após banhos prolongados e muito quentes, principalmente em ambientes fechados e sem ventilação adequada, como apartamentos em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
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Como a temperatura do banho afeta o cabelo?
Assim como a pele, o cabelo também sofre com a exposição constante à água quente. Os fios perdem parte de sua oleosidade natural, tornando-se mais secos, quebradiços e opacos. Para quem faz tratamentos químicos ou coloração, a água quente pode acelerar o desbotamento da cor e prejudicar a estrutura capilar. De acordo com o portal Dermaclub, manter a água morna é essencial para a saúde dos fios.
- Desbotamento da cor: Banhos quentes podem fazer com que tinturas e tonalizantes saiam mais rapidamente dos fios.
- Quebra e ressecamento: O calor excessivo retira a hidratação natural, deixando o cabelo mais frágil.
- Perda de brilho: A falta de óleo natural faz com que os fios fiquem opacos e sem vida.
Qual é a temperatura ideal para o banho?
Especialistas recomendam que a temperatura da água durante o banho fique entre 37°C e 38°C, considerada morna. Esse intervalo é suficiente para proporcionar conforto sem agredir a pele ou o cabelo. Para quem tem pele sensível, manter a água ainda mais próxima da temperatura ambiente pode ser benéfico. Segundo a Organização Mundial da Saúde, temperaturas acima desses valores são consideradas potencialmente nocivas à saúde.
- Evite banhos prolongados e muito quentes, especialmente em dias frios.
- Prefira água morna para preservar a hidratação natural da pele e dos cabelos.
- Finalize o banho com um jato de água fria para ajudar a fechar os poros e estimular a circulação.
- Observe sinais como vermelhidão, coceira ou tontura e ajuste a temperatura se necessário.
Que cuidados adotar com a pele no frio e após banhos quentes?
No inverno ou em dias mais frios, a tendência é aumentarmos a temperatura da água nos banhos. No entanto, o frio já contribui naturalmente para o ressecamento da pele, pois a umidade do ar costuma ser mais baixa e aumenta-se o uso de aquecedores. Após banhos quentes, é fundamental adotar cuidados extras para evitar irritações e descamações.
Utilize hidratantes logo após o banho, de preferência enquanto a pele ainda está levemente úmida, para potencializar a absorção dos ativos hidratantes. Dê preferência a cremes mais densos e ricos em ingredientes como ureia, glicerina, ceramidas ou óleos vegetais. Evite sabonetes muito agressivos ou com fragrância intensa, pois tendem a retirar ainda mais a oleosidade natural da pele. Segundo orientações da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, a hidratação deve ser rotina, especialmente em grandes cidades como São Paulo nos meses de junho e julho.
Lembre-se também de proteger áreas que normalmente ressecam com facilidade, como pés, joelhos, cotovelos e mãos. Roupas de algodão podem ajudar a manter o conforto e evitar atritos que agravem o ressecamento. Beber bastante água e manter uma alimentação equilibrada também colaboram na hidratação da pele durante o frio.
Banho quente pode afetar a saúde além da pele?
Além dos efeitos já mencionados, banhos muito quentes podem influenciar o sistema imunológico e a regulação da temperatura corporal. O aumento da temperatura do corpo durante o banho pode levar a episódios de tontura, sensação de mal-estar e, em casos raros, até desmaios. Pessoas com pressão baixa devem ter atenção redobrada, pois a dilatação dos vasos sanguíneos pode acentuar a queda da pressão arterial, alerta a Fundação Oswaldo Cruz.
Manter a atenção à temperatura da água e à duração do banho é uma medida simples, mas eficaz, para preservar a saúde da pele, do cabelo e do organismo como um todo. Ajustar pequenos hábitos pode fazer diferença significativa no bem-estar diário, tornando o banho um momento de cuidado e proteção.