
Urias, Djonga e outros mineiros na briga pelo Prêmio da Música Brasileira
Urias, Djonga, Wanderléa, Rio Negro & Solimões, Paula Fernandes, Pato Fu e Orquestra Ouro Preto estão entre os 88 indicados. Festa será no Rio, em 12 de junho
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Siga noIdealizado por José Maurício Machline, o Prêmio da Música Brasileira foi criado em 1987. Trinta categorias contemplam artistas dedicados a vários gêneros musicais. Marcada para 12 de junho, no Rio de Janeiro, a cerimônia de premiação vai homenagear o cantor e compositor Tim Maia (1942-1998).
“A quantidade de hits que Tim Maia desenvolveu ao longo da vida é impressionante. Ele foi um sujeito que teve grande abrangência musical, celebrando imensamente a instituição da música preta do Brasil”, afirma Machline.
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Dono dos sucessos “Azul da cor do mar”, “Não quero dinheiro”, “Gostava tanto de você” e “Sossego”, o carioca Sebastião Rodrigues Maia morreu aos 55 anos, em 1998, em decorrência de parada cardiorrespiratória. Muito jovem, viveu nos Estados Unidos, onde teve contato com jazz, R&B e soul music. Soube como poucos juntar aquelas sonoridades aos ritmos brasileiros. Seu repertório ava também por funk, bossa nova e baião.
“Tim Maia trouxe o que há de mais importante em ritmo, melodia e letra para a nossa música”, comenta Machline. Concorrem ao prêmio 88 artistas de 18 estados. Das 12 mil inscrições, 7% são de Minas Gerais, o quarto estado no ranking ao lado da Paraíba.
Em dupla com Jorge Aragão, Djonga concorre ao prêmio de Lançamento/música urbana com a canção "Respeita"
As cantoras Wanderléa e Urias lideram entre os mineiros, com duas indicações cada. A musa da Jovem Guarda disputa as categorias Intérprete de MPB e Lançamento de álbum, com “Wanderléa canta choros”. Urias concorre em Lançamento eletrônico e Lançamento em língua estrangeira, com o disco “Her mind”.
O rapper Djonga, ao lado de Jorge Aragão em “Respeita”, foi indicado ao prêmio de Lançamento/música urbana. Rionegro e Solimões disputam o troféu de Melhor dupla de canção popular/sertanejo; Paula Fernandes concorrerá a Intérprete/sertanejo; a banda Pato Fu em Pop/rock; e a Orquestra Ouro Preto, com o álbum “Haydn & Mozart”, a Lançamento erudito.
Wanderléa concorre a dois prêmios com o álbum em que interpreta chorinho
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País plural
Machline atribui a mudanças no cenário musical o aumento do número de inscritos, que ou de 10 mil, em 2023, para 12 mil. “Existe uma independência da produção pelo fato de as mídias terem barateado. Pode-se gravar um disco no computador dentro de casa. A democratização de lançamentos, por meio das mídias digitais, é muito importante”, afirma.
O idealizador do prêmio destaca a presença no evento de artistas de vários estados. “Se pegarmos a música do Pará, Pernambuco ou Rio Grande do Sul, vemos características muito próprias de cada obra. Isso demonstra não só diversidade melódica, mas poética de um país plural em todas as suas vertentes.”
* Estagiária sob supervisão da subeditora Tetê Monteiro